Inaugurada na Galeria da FBAUL, tratou-se de uma exposição que me interessou muito. Gostei de ver aplicações tão plásticas das ferramentas do Design de Comunicação. Para estranheza de muitas pessoas que não compreendem o porquê de tirar um curso quando não é o que quero fazer, talvez ver esta exposição me tenha iluminado um pouco. Não me vejo a trabalhar em equipa num jornal ou numa revista ou numa empresa. Não só por não ter grandes capacidades de trabalhar em conjunto mas mais porque vejo este tipo de trabalhos como escravatura. Por isso sim, eu estou em design de comunicação mas o que porei em prática vão ser coisas mais próximas das que vi nesta exposição do que os sonhos de fazer revistas e capas de CD. Achei o poemário particularmente especial. Folheando-o senti a presença de um trabalho difícil. Por vezes uns recortes mal feitos, uns pedacinhos de cola à vista, mas isso não importa. Isso não importa para nada. Pedi ao meu grupo que fosse à exposição e visse este objecto, senti logo uma atração e quis inspirar-me nele para o livro do bairro. Era uma objecto que merecia essa ”homenagem”, ser fonte de inspiração.